segunda-feira, 2 de abril de 2018

Você é o meu Dionísio até essa loucura acabar

não posso lhe ver alheio por aí
pois você gruda na minha mente 
de um jeito muito rude
daquele jeito que não sai com água e sabão 
eu digo pra mim mesma que nem gosto mais de você
mas é só vê-lo numa fila de uma festa
ou atravessando a rua com um copo de cerveja na mão
que meu coração dispara querendo atravessar o quarteirão 
você foi mais um dos meus amores fadados
que depredou a minha comoção 
eu senti tanto nojo, ódio e mágoa de você
que sentir saudade hoje 
é necessário
você beijou minha bochecha no último final de semana
no mesmo bar em que tudo aconteceu há três anos
e eu consegui sentir ternura depois de muito tempo
mesmo que você nem lembre do que tenha feito
[nessa madrugada em questão
ou nas vezes que me feriu nos dias que se passaram]
a repulsa sempre escondeu um pouco da atração
mesmo que eu traia minha sanidade 
te desejando com força
só mais uma vez.

2 comentários:

  1. Amores tóxicos nunca acabam; pra amenizar, há as vacinas de esquinas, mas essas também podem envenenar.

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  2. Dionísio me quebra a cara e o coração. Cada poema teu é um filme que faço. E sempre torço pelo amor, mesmo doendo assim. Não sei ainda o motivo. Talvez só pra te ter escrevendo aqui.

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