Depois que eu comecei a estudar Letras
Me sinto menos poética
Atrevo-me a dizer que meu eu lírico
Saiu para passear e perdeu o rumo de casa
São tantas teorias
querendo desmascarar a utopia
Os versos decassílabos
São chatíssimos quando paramos para contar
E os docentes tão insensíveis
Se lerem isso
Bem capaz de eu perder 1,5
só pela minha ousadia
De achar que escrevo alguma coisa
Eu perdi a paz
Eu perdi você
Foi por causa dos meus lábios desidratados?
Ou foi por que você não suportaria
se preocupar com outro umbigo além do seu?
Você me perdeu
Por que eu sou fantasiosa demais?
Ou por que quis me perder?
Noite passada eu chorei
Encontrei um livro rasgado
Depois chorei porque meu coração
está do mesmo estado
Eu finjo todos os dias desde aquele dia
Digo que não foi nada além de uma expectativa boba
Mas você tripudiou
lançou seu silêncio com tanto desdém
Eu quero esquecer
Parar de escrever sobre isso
Eu quero poder caminhar na rua da sua casa
Sem lembrar que lá é a sua morada
Eu quero fazer aniversário sem saber
que você também faz no mesmo dia
Eu quero fechar os olhos e apagar tudo
Eu quero não desviar assuntos e poemas
em direção a você.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Me morde, me assopra. Me faz de abrigo.
Segure minha mão
Vamos sentar naqueles degraus gelados
Você não consegue parar de falar
E eu vou me apaixonar de novo
Suas pernas tatuadas emboscaram
minhas pernas pálidas
Os mesmos olhos de azeviche
outra vez
Meu encantamento noturno
Continuamos a percorrer essas ruas largas
Não larga a minha mão
Fale sobre Montessori
Sobre a minha poesia
Fale sobre o quanto as árvores parecem mais bonitas
nas estradas quando você vem me ver
Quero te levar na feira
Comprar tâmaras de manhãzinha
na praça central
Me beija
Deixa-me dizer a eles
que vou te casar comigo
Meu menino
Meu João.
Vamos sentar naqueles degraus gelados
Você não consegue parar de falar
E eu vou me apaixonar de novo
Suas pernas tatuadas emboscaram
minhas pernas pálidas
Os mesmos olhos de azeviche
outra vez
Meu encantamento noturno
Continuamos a percorrer essas ruas largas
Não larga a minha mão
Fale sobre Montessori
Sobre a minha poesia
Fale sobre o quanto as árvores parecem mais bonitas
nas estradas quando você vem me ver
Quero te levar na feira
Comprar tâmaras de manhãzinha
na praça central
Me beija
Deixa-me dizer a eles
que vou te casar comigo
Meu menino
Meu João.
quarta-feira, 3 de maio de 2017
É bom se lembrar de respirar de novo, de novo.
Tu és a minha paixão favorita
Te escrevi versos silenciosos e gritantes
Durante esses dois anos
Te envolvi na minha esperança de reciprocidade
Te banhei na mitologia
Te chamei de Dionísio
E hoje tu nem lembras o meu nome
A fachada da loja que tanto citei nos meus poemas
Hoje é de outra cor
E não me dói mais
Mas é tudo tão estranho
Eu acho que vou te querer toda minha vida
Quando estiver gostando de alguém
E não mais escrever
E todas as vezes que um cara me magoar
Vou continuar lembrando de ti
Como alguém que soube me olhar de verdade
E me despiu dentro daquele bar abarrotado de gente
Somente por me reconhecer tecelã mulher poesia
Tu me tocaste
E ninguém vai saber o quão inteira fui na ilusão que eu sentia
Teus olhos ainda são os mais lindos dessa cidade
Feliz aniversário, meu bem.
Te escrevi versos silenciosos e gritantes
Durante esses dois anos
Te envolvi na minha esperança de reciprocidade
Te banhei na mitologia
Te chamei de Dionísio
E hoje tu nem lembras o meu nome
A fachada da loja que tanto citei nos meus poemas
Hoje é de outra cor
E não me dói mais
Mas é tudo tão estranho
Eu acho que vou te querer toda minha vida
Quando estiver gostando de alguém
E não mais escrever
E todas as vezes que um cara me magoar
Vou continuar lembrando de ti
Como alguém que soube me olhar de verdade
E me despiu dentro daquele bar abarrotado de gente
Somente por me reconhecer tecelã mulher poesia
Tu me tocaste
E ninguém vai saber o quão inteira fui na ilusão que eu sentia
Teus olhos ainda são os mais lindos dessa cidade
Feliz aniversário, meu bem.
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