segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fiquei tão só aos poucos.

   Vamos escrever histórias vívidas para tapar os buracos das ausências. Nossas ficções não nos condenam e dezesseis dias com os cabelos vermelhos não me fizeram sentir melhor. Nem pintar as unhas de azul, nem sair por aí carregando um jeans descolado enquanto a boa forma me permite... 
   Escrevendo reclamações disfarçadas de poesia. Reciclando a boa vontade. Ou a vontade de nada. É cabível desejar não ser vista e nem lembrada. Não poupo detalhes para descrever a mesmice de forma atraente... 

sábado, 11 de agosto de 2012

Sobre merecer

Amor não tem cura não 
Eu sigo inventando solidão para não deixar de escrever... 
Passeio por palavras distantes, e percebo os mesmos sentimentos. 
A minha poesia sempre quis te encontrar. 
Num tempo também distante, quando eu te lia quando escrevia... 
Transformei em apelo uma das minhas maiores vontades...
"Ainda vamos ser mais do que a saudade do que não tivemos tempo de ser."

domingo, 5 de agosto de 2012

Com flores nos trilhos, acenar pra você...


Há dias não procuro saber sobre você, tenho tido sonhos que mais me parecem sinais. Então tudo deve estar em ordem. Apesar de tudo, espero que esteja. Nada mais tem atormentado minha cabeça, nem me roubado o foco. Tudo bem por aqui também. Mas de alguma forma, as coisas não se encaixam. Você me entende? Envolve a falta de saudade, ou problemas com inventar saudade... É tudo tão vago. Eu ando gostando mais de mim e escrevendo por mim também. Hoje já consigo descrever o indescritível. E crio outros mundos. Crio outros amores no portão, outras cenas, outros dramas que satisfaz. Queria saber como seria, agora já sei como é... Desistir, deixou de ser uma possibilidade há tanto tempo. Desistir nem dói mais. Camões resume meus dias levemente em seu soneto...

“Busque amor novas partes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças,
que não pode tirar-me as esperanças;
que mal me tirarão o que eu não tenho.
 “Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá m’esconde
amor um mal, que mata e não se vê.“