terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vivo pelo poema.

Não importa nada, nunca... Eu sempre acabo voltando ao mesmo ponto. E fico triste mais uma vez. Acontece por eu gostar de borboletas azuis, e céu carregado de escuridão. E também tem os livros que anseio ler e que não existem. Quem os escreverá?  E a minha lista de nomes bonitos não para de crescer. Potira, Antônia, Inácio, Orlando... Essas pessoas existem dentro de mim. E elas gritam tanto, eu desato a chorar pela confusão que não é só minha. Por onde passo, vejo da janela a televisão conversando na sala das casas vazias. No quarto, o homem trabalhador tira uma pestana, no quintal as crianças brincam de ciranda... A mulher estende roupas no varal. Eu, eu estou só passando. Assistindo como quem não quer nada e desejando tudo. Porque a poesia de Cora e a intensidade de Caio, me faz levitar. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Adeus você

Tenho um apresso desmedido pelo difícil... Já quando eu o alcanço eu quero é me livrar. Tão fácil entender, como eu fui te pertencer... Eu nunca te alcancei, melhor assim. É, isso me oferece muito papel para os meus textos que nascem dos rascunhos do que não aconteceu. Acredite, se eu ainda lhe desejar felicidade... Dessa vez será mais sincero que outrora. Eu estou com o coração higienizado agora, as impurezas apareceram com o tempo, as maldades desesperadas não moram mais aqui. Sim, eu tenho que me explicar... Eu não fiz nada de imperdoável, mas aqui dentro eu cometi inúmeras loucuras somente por medo de nunca o ter. Eu sou uma pessoa boa, menino, pego emprestada uma frase de um alguém mais conformado que eu. ''Eu sou tão boa pra você, que apodreço em suas mãos...''

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Deixa eu pensar em você.

Só talvez... Talvez seja hoje ou nunca mesmo. Talvez nem importe mais, porque o dia é comum, mas a sensação não. Pode ser apenas mais uma intuição barata, porque eu não sou capaz de executar meus desejos sórdidos. Não contigo. Estou sempre naquela de te levar na cautela... E assim nunca te levo comigo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A canção sempre toca na hora errada...

Eu queria que de qualquer forma, em qualquer tempo... Fosse novidade para nós dois. Descobrindo todo o amor no seu devido tempo e em suas diversas formas. Sem disfarçar, sem ter que sentir pouco para não sofrer... Eu não falo sobre Roberto Carlos no violão e meu nome escrito no filtro do teu cigarro. Eu queria as nossas vidas estampadas em nossas novidades. E se um dia acontecermos, vai ser só para calar a minha vontade de ti, porque o teu vazio eu não preencho nem com o céu.

sábado, 6 de outubro de 2012

Será ficção ou divina comédia?

Eu que só sei escrever sobre a imensidão, acordo todos os dias e resolvo ser mais feliz... Eu que ainda te escrevo, as vezes amargamente, por hora com desprezo... Mas jamais com desmazelo. Queria é escrever algo bonito hoje, por mim... Por toda poesia que daqui saiu e me fez doer. Por tudo o que aconteceu, talvez pelo pouco que faltou acontecer. Escrever algo que valesse a minha essência, que modificasse outras vidas. Ser dona das palavras tristes faz com que eu não sirva em mim. Ninguém sabe que me habituei a escrever sobre o inalcançável... E isso me cansa. Mas a vontade não é minha. Não é... Então, eu não peço desculpa por escrever sem querer sobre o que eu não posso falar. Todas essas letras, palavras e frases aterrizam aqui dentro e se embolam em meio a depressão. Eu não posso repreende-las. Não está em minhas mãos... E sim na ponta da caneta. E se eu penso em não escrever, a simplicidade pensa em me deixar. Porque escrever é tão simples e tão mais caro. Hoje eu não escrevo mais para me salvar... Escrevo para salvar toda essa poesia que se perde em mim. Escrevo pela lei do karma. Escrevo por obrigação. Por fim, por todo amor que não rejeito.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Outro dia que vai...

Estava pensando na ultima vez que te vi, naquela madrugada não pensei que seria a ultima vez... Eu nem te elogiei discretamente. Eu fiquei calada. Tu desapareceu no crepúsculo, e eu entrei em letargia. E por cansáveis anos eu vestia a roupa mais bonita e saia querendo te encontrar. Encontrar qualquer vestígio teu que me impedisse de ir embora também. Eu extrapolei  a minha cota de ingenuidade, eu vi tanta graça em querer-te aqui de volta, eu lastimei tua partida como se fosse culpa minha. Eu nem te conheço de verdade, todas as bonitezas que escrevo desde que te conheci é porque aprendi a amar. E não escrevo isso com rancor, mas talvez mágoa... E uma pitada de desespero também.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Não era amor pra todo dia

Particularmente compactuo com tudo isso, porque quando chega o fim do dia, eu não entendo o que eu quero sentir. E a ideia de sentir sozinha atinge as palavras, o coração e o riso. E não há falso heroísmo que desfaça o que já se corrompeu.
Não se perde o "quase". Não se tem o "quase".