quarta-feira, 26 de junho de 2013

DECLARAÇÃO DE QUASE AMOR

Escondido na obscuridade, 
eu te vi de verdade...

E depois das conversas paralelas
[além da minha balela]
Quis muito te anexar em mim

Te querer é só detalhe
E a verdade, é só um momento
A questão é que... Você tá virando saudade

Mas é só falarem o nome da sua cidade
E eu lembro você enfim.

É bonito, e dói.
É feito João, 
virou paixão.
Das bravas.

O caminho foi perdido,
porque te perdi
quando fui me procurar.

Tua risada no outro lado da linha
foi minha orientação.
Foi a certeza que confundiu...
E no fundo eu sabia, 
você apareceu pra confundir

Achei meu sossego enclausurado
Me alcança e não me cansa
Tem silêncio que basta

Não vou mentir
hoje te quero mais do que em fevereiro

Pra combinar com meus dias nublados
Pra vivermos um amorzinho retrô
Pra desperdiçarmos elogios valiosos
Pra te gostar discretamente e sem pudor
Pra ser mais do que minha nostalgia literária

Como um cigarro
tu me acendeu pra ti
Então seja lá o que for, 
seja lá o que possamos ser... 

Deixa eu dizer mais,
isso é quase amor.

domingo, 23 de junho de 2013

Hoje não vai dar, não vou estar

Se me quer agora
Me procure depois

Se quer me entender
Recita Cícero pra me acalmar

Se for me escrever
esqueça de telefonar

Se deixar de me ver
não queira mais voltar

Se não for mais voltar
É, porque não me tem amor

E meu amor pra nós dois...
Eu já deixei pra lá.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Só pode ser João

   Não tenho me sentido muito bem, porque hoje a minha ideia de distração se tornou o meu problema mal resolvido. Queria não ter deixado seu aniversário passar em branco, pensei em lhe escrever tantas coisas loucas. Se possível fosse, me colocaria em frente a tua porta, e seria louca contigo. Varreríamos a madrugada com a fumaça dos nossos cigarros, discutiríamos Freud e Jung. E te roubaria abraços até o sol nos beijar. Tu não precisas de conserto enquanto eu só me estrago... 
   Desesperada, acompanhando tua vida de longe, eu não vou longe. Preciso dizer que tu sumindo dos meus dias, o meu sossego sumiu junto. E por nós, ainda não me é permitido fazer a cena que eu quiser. Já não me imaginava mais construindo laços, agora às seis da manhã escrevo que por ti, dobraria tuas camisas por cores e tecidos até a morte nos separar. Tu és bom demais pra ser alguém de verdade. Ou, eu sou patética demais e te escrevo por vaidade.
   Parece que estamos brigados, parece que fiz tudo errado. Acreditando que tu esperas eu dizer qualquer coisa, que vais se divertir com meus devaneios e até me querer mais. Mas não brigamos, não houve motivos. Dessa vez não quis inventá-los. Porque contigo tudo é leve mesclado ao assustador. Morrerei de medo se minha vida não começar sem a tua... Cansei dessa greve de palavras, algumas horas atrás meu orgulho exibido fugiu para eu te dar sinal de lembrança. Acostumei-me com as borboletas se amontoando no céu da minha boca antes de pronunciar o teu nome.
   Já vou ir dormir, vem no meu sonho com aquela camiseta branca de algodão, me desculpar por gostar tanto de ti.

(Santo Antônio, me abençoa com esse homem)



terça-feira, 11 de junho de 2013

Três da madrugada

A folha em branco
A vida em branco
O amor em branco

Eu no banco,
sozinha esperando...
Quem eu não sei esperar

Se ele se chama Caio
ou João, talvez Anderson.
Ah, não sei.
Sei não.

Recolho uma atenção aqui
Cato uma saudade ali
Costuro uma presença lá

Não é a interpretação da Gal
Mas poderia ser...
Já que chego à conclusão que

Meu pobre coração não vale nada
Pelas três da madrugada
Toda a palavra calada
Dessa rua da cidade
Que não tem mais fim

domingo, 9 de junho de 2013

Veja só... Lembrando eu esqueci

Na exatidão, na exuberância...
Nada mais me assola
O sossego me apressa
a viver bem.

E hoje não sou eu 
quem vai rezar pra esquecer.


Rodrigo é meu porta-voz agora, e em tantos outros dias.