quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Ele não é daqui, mas fala a minha língua.
Naquela plateia viva dentro da escuridão... Interpretando impecavelmente seus personagens internos. Ele foi notado mais além, por mim. Pele levemente pálida, olhar que anunciava um misto de prazer e orgulho de si mesmo. Pois ele sabia o que estava fazendo. Eu gosto disso. Gostei da sensação de ter me perdido na sua atuação. Estonteante pensar que naquela noite de quarta-feira, ele foi o mais bonito homem que avistei durante tempos. Descobri seus diversos nomes, Rodrigo foi o mais bonito. Mesmo que ele não tenha cara de Rodrigo. Menino insaciável perante aos seus ávidos personagens. Minha atenção foi toda sua, e poderia ser... sempre. Ele era um, as vozes eram tantas. Ele me prendeu até o fim do espetáculo, eu queria o prender em minha vida. Nunca mais voltarei a vê-lo, e quarta foi ontem. A distância sempre me corta de quem eu desejo. Esse outro mundo, é o que me liga a ele. Atuamos para sobreviver. Ele com todas suas expressões. Triste, amargo, alegre. Também covarde, corajoso. Esperto, fugaz, amador e amante. Tudo no seu tempo. Igual eu aqui dentro. Não deixando de pensar no seu lado ingênuo, cuja vontade era lhe por no colo e abraçar forte. Ah, incompreensível essa minha atração por inúmeros homens que cabem em um só.
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E que se parecem tanto conosco, né: inúmeras mulheres que cabem em uma só.
ResponderExcluirTem que ter amor, só digo rs.