sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sem intitular nada agora...

   Agradeço a Deus por ter dormido algumas horas, o resultado da noite virando madrugada é esse vazio impertinente, que agora me dá a certeza que não vai me deixar viver direito. Revirei na cama o resto da madrugada, tentando acreditar nesse desfecho. Pedindo ao meu pensamento que não mais lembrasse de nada, nem do meu nome... Até o sono cair em mim. Daqueles conselhos que te dei na primeira e ultima carta, agora eu que precisei fugir de casa, de mim. Me vejo sentada em uma praça qualquer, sem jamais deixar de escrever. Observando a vida seguir o seu percurso, penso, ainda bem que aqui fora nada mudou. Eu também vou seguir, mesmo com esse coração estragado.
   Lá na outra rua passa a menina da bicicleta vermelha, que vontade de gritar... Ei, não se apaixona não!
A vida custa muito caro, depois de um erro desses. Depois de ontem, ainda digo... Tu foi o meu erro mais bonito. Eu queria mesmo te dizer tantas coisas... Daquelas coisas que perturbam, incomodam e pousam na gente. Mas eu quis também aproveitar tua presença no mesmo espaço, no mesmo metro quadrado. Eu quis aproveitar teu silêncio gritante. No fim, minhas vontades se atropelaram, e nos atrapalhou. Eu te disse, que eu ia chegar em casa e chorar. Eu te disse ainda sem certeza... Que eu ia escrever sobre isso. Sobre eu querer me moldar nos teus braços. Sobre agora, eu sentir mais amor do que vergonha. 
   Eu querendo escutar aquela porta se fechando atrás de mim sem sentir saudade. Eu querendo um alivio que não existe nessa vida. Nesse minuto quebrado, eu te querendo de verdade, sem pensar em te reinventar. Não acredito no nunca mais, nunca mais é morte...Mas é o que sinto agora, vou te perder para o nunca mais. Não há mais nada que eu possa fazer, isso me põe medo, tanto medo.  Não estava nos planos aprender a não mais te amar... E tu bem disse, eu planejo demais. Talvez, porque eu não tenha outra saída. Outra coisa, de tudo que foi dito... Tuas palavras que seguraram minhas mãos..."Esquecer não, acomodar..."
Tati Bernardi, invade minhas letras e diz, ''Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. ''
   Eu ainda vou te eternizar em muitos outros textos, vou sim. Sempre com gratidão, por ter me tornado uma mulher de verdade. Não vou dizer adeus, eu ainda vou te encontrar  por aí, pra dizer que não deixou de ser amor.

E pra terminar, teu abraço foi o meu conforto no mundo.

25/01/2013 10:01

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