quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Medo de hoje

Tu vais ficar sabendo 
por aqui
Que a tua voz é a calma
que não acalma

E o que não é absurdo
É quase feroz
Talvez convidativo

Qualquer aurora
não explicaria
esse desejo vertiginoso
porventura medieval

Por mais esquisita
ou desvendável que seja eu

De longe quero te atar
em tudo o que escrevo

Nas conversas que não temos
eu te digo tudo 
o que é preciso dizer

Nas conversas que temos
eu me escondo de Deus

3 comentários:

  1. Encantado, jovem poetisa, o mesmo padrão de qualidade de sempre, incrível a regularidade. Tudo tão belo, tão esmeradamente burilado. Uma joia de poema. Perfeito ao extremo.

    http://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Toda entrelinha vive na esperança de ser encontrada.

    ResponderExcluir
  3. Há coisa boa escrita aqui: talento!
    Um abraço.

    ResponderExcluir