Me abrigo nos livros que não li
Brigo pelas estórias que não pude viver
Eu me obrigo a entender que doses cavalares
de poesia
Jamais abrasarão corações gelados
Minto para mim mesma
Finjo que compreendo
E logo estou escrevendo cartas
para quem nunca dirá nada
Eu
tal como,
Lispector
Só posso dizer que
Em mim mesma eu vi como é o inferno.
Maravilhosa, como sempre. Como Clarice.
ResponderExcluirO inferno é uma grandeza que se ajoelha à beleza dos teus poemas.
ResponderExcluirE em si descobre-se a saída para o mesmo.
ResponderExcluirEm todos nós se esconde um pouco de infernal. Aquele infernal distanciado do inferno que todos abominam. Um inferno muito nosso onde nos debatemos na ânsia de encontrar explicação e sentido para o procurar do céu, na ânsia do paraíso prometido. Assim é a vida e arriscarei dizer que só assim existe vida na vida. Minto para mim mesmo, fingindo que me compreendo...
ResponderExcluirBeijo doce
Siga sim, escrevendo cartas para quem nunca dirá nada. Talvez um dia Eros se compadeça, e te faça ser escrivinhadora de uma história só bonita e não lindamente triste, como vejo tanto por aqui.
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