pois você gruda na minha mente
de um jeito muito rude
daquele jeito que não sai com água e sabão
eu digo pra mim mesma que nem gosto mais de você
mas é só vê-lo numa fila de uma festa
ou atravessando a rua com um copo de cerveja na mão
que meu coração dispara querendo atravessar o quarteirão
você foi mais um dos meus amores fadados
que depredou a minha comoção
eu senti tanto nojo, ódio e mágoa de você
que sentir saudade hoje
é necessário
você beijou minha bochecha no último final de semana
no mesmo bar em que tudo aconteceu há três anos
e eu consegui sentir ternura depois de muito tempo
mesmo que você nem lembre do que tenha feito
[nessa madrugada em questão
ou nas vezes que me feriu nos dias que se passaram]
a repulsa sempre escondeu um pouco da atração
mesmo que eu traia minha sanidade
te desejando com força
só mais uma vez.
Amores tóxicos nunca acabam; pra amenizar, há as vacinas de esquinas, mas essas também podem envenenar.
ResponderExcluirDionísio me quebra a cara e o coração. Cada poema teu é um filme que faço. E sempre torço pelo amor, mesmo doendo assim. Não sei ainda o motivo. Talvez só pra te ter escrevendo aqui.
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