sexta-feira, 4 de maio de 2012

Meu equívoco ainda tem nome

Eu quis gritar, perguntar de onde vinha tanta felicidade, e se tinha um pouco pra mim também. Só um pouquinho. Era tantos casais, na rua, na esquina, na janela, na parada de ônibus, nas propagadas da televisão, carregando compras do supermercado. Há tanto amor lá fora, amor bem empregado. Amor sendo amor. E eu não me importo se estou sendo cruel agora, porque de alguma maneira... Sei que a vida está esfregando nas minhas fuças o quão eu preciso de dedos entrelaçados. Não quero mais acabar invertendo os papéis e usando mais outro cara como válvula de escape para suprir minhas dores de amores... E depois no dia seguinte ter certeza de que não significou nada, porque na verdade não significou. Aí escondo a cara por arrependimento, e evito qualquer palavra, porque ninguém preenchera o vazio que há em mim. Esse vazio é o que me conforta. Meu equívoco ainda tem nome, e eu não me canso de errar.

Um comentário:

  1. Muito bom, também tenho precisado de dedos entrelaçados, dos dedos dele, mas prefiro guardar isso para mim.
    http://denovomaisumavez.blogspot.com.br/

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