sábado, 3 de novembro de 2012

Eu fui chamada no escuro por um coro de fraudes bonitas...

O único que não quis ir embora, é o que não sabe fazer silêncio e agora canta para mim. Tem os olhos que me inspiram amargura, as vezes tenho medo. Não dele, nem de seus olhos... Medo da mediocridade que envolve meus dias. Com todo o bem que me faz, eu nunca soube distinguir a razão por trás da bondade. Mas se doando para a minha alegria, ele obtém tranquilidade. Ele não foi embora, porque aqui ele é feliz também. Ainda mais do que eu. E desço a rua já pensando em encontra-lo, mas é ele quem me encontra. Ele nunca profere uma palavra, mas sempre me diz tantas coisas. Ele canta baixinho e suspira no intervalo da nota mais bonita... Me fazendo perdoar os que se foram. Perto dele, eu tenho vontade de esbarrar na felicidade. Sem pedir desculpa. Enquanto ele canta, eu converso com Deus. 

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