Tenho pensado em você, João. Em como as borboletas de fevereiro se tornaram as mais bonitas depois que trocamos as primeiras palavras. Sim, acho que você é a atração mais estonteante que encontrei pelo caminho. Talvez eu já tenha te escrito isso em outras palavras, mas é bastante necessário eu reafirmar... Entendo que eu gosto de me encurralar com esses estranhos interesses pelo que não consigo tocar, preciso me prender em alguma coisa. Não gosto mesmo da certeza. E você é, esse feixe de luz que me dá vida, que me acorda por dentro e é demasiado difícil escrever isso sem parecer que estou me apaixonando... Não estou, eu acho. Como disse, não gosto da certeza. Não quero me blindar, então confesso... Gosto quando você ressurge do nada depois de me deixar com uma saudade boa, tuas intenções escondidas contornam minha malícia evidente. E minha imaginação desequilibrada esquece dos mais de quatrocentos quilômetros que nos separam. Teu falso desdém para com tudo, me agrada muito. Essa despreocupação em ser ou parecer, também me convida a te desejar pra mim. Você não sabe, mas poderia ser o meu outono se quisesse.
Alice Ruiz me completa hoje,
se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer,
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso,
de noite uma farra
a gente ia viver com garra
eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto
ia ser um riso
ia ser um gozo,
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio
daí, vá ficando por aí,
eu vou ficando por aqui,
evitando, desviando,
sempre pensando,
se por acaso a gente se cruzasse
Por aí mesmo... Texto lindo, poético, para dizer dos encontros, encantos e desencantos! Um grande abraço, Hellen!
ResponderExcluirQue texto mais lindo, cheio de sentimentos... Me fez sentir de um jeito que não sei descrever!
ResponderExcluirLindo texto Hellen, você escreve com muita graça e sinceridade, passeando pelas nuanças do sentimento! Abraço
ResponderExcluirmuito bom, e ainda fechou com Alice Ruiz.
ResponderExcluirabraço
"daí, vá ficando por aí,
ResponderExcluireu vou ficando por aqui,
evitando, desviando,
sempre pensando,
se por acaso a gente se cruzasse"
minha parte preferida do poema.
muito bonito o teu texto, hellen. sempre.
flores.
Bom texto, moita graça.
ResponderExcluirHá em mim essa urgência de me prender ao inseguro. Beijo Hellen!!
ResponderExcluiradorei o texto, o desfecho digno! :)
ResponderExcluirminhaspequenasverdades.blogspot.com.br
Estava até ouvindo dela: https://www.youtube.com/watch?v=Z0R5epkzmp8
ResponderExcluir"Talvez eu já tenha te escrito isso em outras palavras, mas é bastante necessário eu reafirmar... "
ResponderExcluirQuero faver fincapé na fermosura desta frase, a pesar da súa simpleza. Porque ás veces as verdades doen, pero outras veces agochan unha grande beleza polo feito de ser certezas. Nunca é bastante, nunca está de menos, cando falamos de manifestar amor e amizade. Demasiado diso falta neste mundo no que só hai rabia, odio e egoísmo.
"E minha imaginação desequilibrada esquece dos mais de quatrocentos quilômetros que nos separam."
Ooooh, isto chegoume ó corazón. A miña moza vive a unha distancia semellante.
Este é un deses escritos dos que me dan gana de citar cada frase que vou lendo, porque cada unha é unha pequena xoia. Todas son enternecedoras, musicais, doces, bonitas, únicas... Que beleza. Canta dulzura... Canta paixón, ó mesmo tempo. Non libre de tristeza, coma sempre, pero quizais cun toque máis positivo que de costume.
Non coñecía a este poeta, pero esta obra era certamente linda =)
Ainda não desculpei a vida por me deixar tanto tempo sem cruzar com teus textos. É tudo muito bonito por aqui. Teus escritos tem uma certa poesia que os afasta da banalidade com que o amor vem sendo tratado na blogosfera.
ResponderExcluirE prefiro não dizer o quanto me identifiquei com esse texto, "deixa assim ficar, subentendido".
Parabéns pelo blog!
ResponderExcluirÉs uma verdadeira manager com as palavras
Muito bom texto!
Transcrição. Senti. Porque tem dias que a gente até gostaria de dizer, só pra não ficar sufocada. Mas nem o dicionário pesado que enfeita a estante, nele não há uma palavra sequer que nos traduza. Mas alguém um dia explicará. Ah o amor, como se repete nos dentros por aí. Eu colaria isto nos postes, dobraria em envelopes, esqueceria embaixo daquela porta ou na caixa de emails, gritaria. Se eu fosse mais valente.
ResponderExcluirObrigada por eu te ler hoje.
Um beijo