I
Acho que não
te supero nessa vida
noutra também não
Dos enganos
que escrevi
esse é o mais turvo
Seu nome é
um poema
de duas sílabas
Seus efeitos
são sempre
superiores
Te vejo sentado
ao meu lado
acompanhando meus lábios
enquanto leio
silenciosamente
o que gostaria de ter escrito
pra ti
A cada
pausa
suspiro
olhares
desvios
Você me olha
mas não me enxerga
Quero lhe tocar
mas não consigo
Acordo do sonho
que não dormi
II
Que posso
lhe dizer?
Que todos os homens
dessa cidade
Não me inspiram
como você?
Que teu desmazelo
ainda é combustível
da minha esperança
Que te procuro
na praça que não é tua
Nas calçadas
que não te conhecem
Que te gosto,
com tamanho
favoritismo
que até me entristece?
Te coloco de frente
as minhas janelas
me acenando
com fascínio
me cuidando
com afeto
e eu
te desejando
com açúcar
Bem tal como Buarque,
o Chico
Não percebe
que só te escrevo por
paixão,
menino?
"Não percebe
ResponderExcluirque só te escrevo por paixão,
menino?" - Ah... mas que lindeza!
Adorei!!!
A paixão deve ser o maior combustível da poesia.
ResponderExcluirBjos
É triste amar por dois. É lindamente desespera/dor.
ResponderExcluirhttp://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/
Lindo, lindo!
ResponderExcluirMuito bom, mas que marcador suspeito esse "J"...
ResponderExcluirJá comentei?... Vou comentar de novo: Ta tão bonito esse teu poema Hellen. Mais bonito que a Torre Eiffel, mais solido que a Torre de Pizza, mais criativo que a Torre de Brennand, ta uma Torre de Marfim.
ResponderExcluirhttp://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/
Muito bom!
ResponderExcluirLindo! E ''lindo'' é muitas vezes pouco pra descrever o quanto nós gostamos de algo que alguém escreveu. Mas... Ah, tá tão lindo, dá pra sentir junto com você toda essa paixão.
ResponderExcluirFiquei um tempo sumida do meu blog, mas voltei. E voltarei mais vezes aqui também...
Beijos!