sábado, 15 de fevereiro de 2014

Fervendo nessa chaleira

A absorção é lenta
tal como uma injeção subcutânea
Eu saboto a cura
pra viver nesses espasmos de 
de dor ocasional
Nina Simone faz o ambiente
E a gente dança
Mas se cansa também
Encontrei alguém
Que me inspira revolução
Além do fado e da urbanidade
Ele pode ser minha ilusão arcaica
Pode ser tudo, inclusive outro nada
Me questiona coisas triviais
E eu suspiro pela pressa 
desse mais novo encanto
Analisando que
podem me ganhar quando quiser
usufruindo de boas trivialidades

6 comentários:

  1. Não bastasse t.o.d.o esse texto, tu me vem com Nina Simone.
    Eu sou muito fã dos teus escritos e desde já agradeço o carinho em responder meu comentário.

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  2. "Eu saboto a cura pra viver nesses espasmos de dor ocasional". Traduziu...

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  3. Acredito que essas tais trivialidades tenham que ser muito boas mesmo!
    De qualquer maneira, quem ganha é você, ganha mais e mais apreciadores da sua literatura simples e indigesta. Sim, indigesta, porque é só te ler que descubro que o que achei ter absorvido está preso nesse nó em minha garganta.
    Parabéns, menina.

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  4. "Eu saboto a cura pra viver nesses espasmos de de dor ocasional".
    Também tenho essa tendência de me auto sabotar. Será que isso vem de uma questão kármica? Enfim... precisamos parar com isso senão ficaremos sempre presas nesse círculo nocivo e vicioso. Afinal, os padrões emocionais só continuam existindo se insistirmos em segui-los não é mesmo?!

    Bjos!

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