Domingo passado,
amigos bêbados
músicas loucas
sofá quebrado
o filme que não assisti
a fumaça
dos nossos cigarros
levava meu pensamento
até você
Vozes e gritos
risadas escandalosas
querendo roubar
meu devaneio
Hoje, domingo
não sai de casa
Quero pensar em você
sem interrupções
Não há nada
que eu possa fazer,
a não ser, escrever...
[sobre sofás e corações quebrados]
Ilustração: Conrad Roset
Mas, menina, tu escreve sobre tudo. Facilidade incrível de dispor das palavras, imaginação aflorada. "Hoje, domingo, não sai de casa quero pensar em você sem interrupções não há nada que eu possa fazer, a não ser, escrever..." escreves mesmo quando não queres, o verso brota submisso, subjugado. A proposito, bom final de domingo, poetisa maior.
ResponderExcluirBom, que não te falta inspiração pra deixar a gente com essa carinhosidade do poema.
ResponderExcluirSaudações e uma boa semana.
Domingo me traz aquela tristeza que não vem de facebook. Domingo, o dia em que a barreira da minha memória sai pra dar uma volta, deixando o "portão" aberto, deixando vazar as semanas doídas, as memórias que eu dei uma trégua naquele sábado à noite, pra poder ficar de bem, porque ele gostou muito do meu vestido, eu não queria estragar aquilo.. doRmingo.
ResponderExcluirDomingo, dia da ressaca literal, moral, espiritual...de reuniões familiares hipócritas e do ócio melancólico. O domingo passa carregando o peso da semana passada e o da semana que virá.
ResponderExcluirÉ admirável a sua capacidade de ser tão expressiva, utilizando tão poucas palavras, isso é raro.
Recosto-me para ler a forma cálida e polida dessa escrita
ResponderExcluirNo doce fenecer das razões que inspiram os dois Domingos
E velar a angústia arguta que toma o autor de assalto...
Abraço terno!
Simplesmente encantador!! Adorei a forma que se expressa!
ResponderExcluirMuito bom! Tenho um certo problema com domingos. São em geral, angustiantes.
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