Os olhos outrora adorno do rosto,
agora ameaçam a despencar da face cadavérica
Lábios que desfilavam cores do Disco de Newton
se veem rachados, abrigando o sangue seco
Ela jogada no sofá
esbanjando sua melancolia,
é lírico demais
Entre um devaneio e outro
pernilongos fazem festa em seu corpo
E pensa em
ontem
rejeição
lonjura
geografia
Vai se alastrando
sua invisibilidade
diante do mundo que quer devassá-la
E pensa em
outra cidade
unhas rasgando costas largas
tapas deliberados
ódio consentido
Uma barata atravessa a sala
Havia muito tempo
que não tocava em algo vivo.
(Lê-se: ... destruía algo vivo)
Adorei, você manda muito na escrita *-*
ResponderExcluirbeijos,
Hell ;*
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A inércia do corpo é um reflexo puro da alma.
ResponderExcluirVocê é totalmente lirica, me agradaria que fosse musica toda a tua poesia, talvez tua pele e tua voz, tenham as cordas virtuais para cantar e dançar essa melodia ... sei lá, tenta!
ResponderExcluirSaudações.
Encantoume :3
ResponderExcluirEu nunca fui muito bom em interpretar poemas do ponto de vista de quem escreveu, principalmente poemas complexos como este. Mesmo assim, as imagens que cria na nossa mente valem por mil entendimentos.
ResponderExcluirBeijos Hellen