Banhar-me com gasolina
e riscar o fósforo
Deitar nos trilhos
e esperar o trem
Atirar-me em frente
de qualquer automóvel
Pular no rio
mais fundo e poluído
Catar todos os frascos
e comprimidos da casa
e os ingerir sem medo
Voar
da sacada mais alta da cidade
Estourar a minha cabeça
com um tiro
Me enforcar
com o meu lenço mais bonito
Cheirar vinte carreiras
de cocaína ou quantas eu conseguir
Nada é mais mortífero
do que me matar
dentro da minha própria poesia
Mas continuo aqui
só para me surpreender com o meu final
Nisso, vou morrendo todos os dias.
Ás veces eu tamén querería queimarme nos meus versos despois de pensar en morrer de tantas outras diferentes maneiras, pero non teño o teu talento. Ti consegues que ler este poema sexa morrer e vivir ó mesmo tempo. Como morre o propio poema con tan fermoso derradeiro suspiro.
ResponderExcluirOu se apaixonar, querida! Que é uma morte lenta tbm...
ResponderExcluirQue perfeito!! Incrivelmente perfeito!
Beijoo'o
flores-na-cabeca.blogspot.com
(Feliz dia do poeta, menina. Que força tem a tua poesia!)
ResponderExcluirEscrevo para ti...Sabes que é para ti...
ResponderExcluirOs nomes não têm cor
São simples diagramas em conflito
Os nomes são muda sinfonia de sonata em desamor
Serei um barco vencendo rotas novas
Aplanarei as rugas de todas as montanhas
Vai arder novamente este sofrido coração
Hoje tive vontade de pintar uma oração
Terno beijo
Incrível, como sempre. Me lembrou um texto meu em que digo "Faça o poesia, me morro todos os dias e ressuscito apenas nela". Que a poesia seja a tua morte, mas também a tua ressurreição.
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