Ele é a folha em branco
desejando minhas palavras
quilométricas
É a força da natureza
que me encanta com a garoa
mas me ganha com a ventania
Ele é aquele homem arredio
torcendo para eu lhe amarrar
com cordas trançadas
É para mim a Marília de Dirceu
e Dorian Gray de Wilde
Ele é o que ninguém acredita
Sem data no calendário,
sem fim previsto
E tudo o que eu não sei
sobre ele, eu sento e aguardo
os dias me mostrarem
No embalo da paixão mais comedida,
vivendo sob a sombra do gostar mais trágico
Descansamos então na rotina cíclica e perene
desses poemas que perpetuo na vontade
de contornar os traços de suas voluptuosas mãos
Como se não fosse eu arquiteta ou artesã
dessa grandiosa obsessão.
Assim é o binômio poeta-poesia.
ResponderExcluirQuando se arquiteta uma grandiosa obsessão, quando se alimenta uma paixão trágica, tens ai a colcha de retalhos de um grande poema....
Escreva portanto seu poema nele, aquela página em branco que pode vir a escrever tua vida...
Lindo!
É, este é João :/
ResponderExcluirEu amo o que tu escreves, não tem jeito, perfeito sempre!!
Bjoo'o
Ah, as obsessões <3
ResponderExcluirO maior perigo quando criamos o amor são os traços além da realidade.
ResponderExcluirObsessões sem data de validade: as mais frutíferas
ResponderExcluirUn le estas cousas que ti escribes e desexa ser capaz de experimentar o amor como fas ti, Helen. É asombroso xD
ResponderExcluirPor certo, os últimos versos encantáronme. Sensuais. Desesperados, á súa maneira. Perdida e irremediablemente románticos.