Eu preciso escrever um poema
Que valha esta confusão
A efemeridade nos deixa enfermos
E gostamos de nos reduzir por coisas pequenas
Como se o mundo se curvasse para tal fragilidade
Ter alguém por algumas horas meses e anos,
não faz diferença
Quando o que temos em troca são apenas ossos amontoados
em charme e desprendimento
Eu gosto de escrever
sobre quem não existe
Farei isso até aparecer alguém
que eu não precise inventar
Queria inventar mais tempo
Pra dar tempo de alguém também me amar
Olhos verdes têm sido a minha sina
Um par mais traiçoeiro que o outro
Já eu, estou amontoada em ossos
e desespero
E igual Adélia, só tenho dois caminhos
Ou viro doida, ou santa.
"Eu gosto de escrever
ResponderExcluirsobre quem não existe
Farei isso até aparecer alguém
que eu não precise inventar
Queria inventar mais tempo
Pra dar tempo de alguém também me amar"
"E igual Adélia, só tenho dois caminhos
Ou viro doida, ou santa."
Poxa faltou até fôlego diante de expressividade tanta, da emoção rasgada, transbordante, gritante de teus versos. Contundente, Hellen.
"Eu gosto de escrever
ResponderExcluirsobre quem não existe
Farei isso até aparecer alguém
que eu não precise inventar
Queria inventar mais tempo
Pra dar tempo de alguém também me amar" - Brilhante, eu quase consigo tocar sua dor e esperança.
Helen, o amor que procura talvez esteja escondido em você mesma.
Beijos
♥
ResponderExcluirQue a palavra sempre ande, pois a esperança tem a tendência de virar apenas espera.
ResponderExcluirNao me canso de mergulhar nessa tua poesia, que é força em cada palavra, que me poe nos bracos, me entende.
ResponderExcluirBjo'o
Ah, Helen.. <3
ResponderExcluirEu aqui precisando de algo pra me apegar, me encantar, e lembrei das suas palavras. Fui ao meu blog só para chegar até aqui. Obrigada pelos bons segundos de agora.
Doida e santa, tu é sensacional quando doida com poesia cinco dias por semana. Santa, seja só aos domingos de ressaca. No sábado seja só terrena e invente mais.
ResponderExcluirSaudações e bom fim de semana.