Estou tentando
não transformar isso
em uma nova ilusão
Eu mudei todo o meu trajeto na cidade
para não passar por você
Assim, propositalmente,
como quem provou e gostou mais do que devia
Mas eu não sou assim, e preciso tanto
que você saiba
Distraída atalhando esquinas,
você se materializa no meu caminho
num susto tão bom
Então me abraçou
provando que aquela madrugada
não fora invenção da minha mente pecaminosa
Não sei o que está acontecendo,
mas eu não deveria estar escrevendo sobre você
Não que você não mereça, não é isto
Você já é uma biblioteca ambulante
Há em você ação romance fantasia drama
e até terror
O meu terror
de ter tido você e ainda não acreditar
Já está me dando vontade
de agir feito a louca que sou
Mas não sei como você aceitaria isso
Eu podia furar a rua do seu trabalho
Eu podia jogar bilhetes em seu quintal
Ou podia simplesmente fazer de conta
que pra mim foi só aquela noite e nada mais
Assim seguimos nossas vidas,
nos encontrando em ruas alheias
e dividindo olhares ternos ou educados
Mas eu quero ser a louca de sempre,
quero que a luz da sua televisão
seja a única a iluminar
nossas peles grudadas novamente.
Somente para registrar a passagem por essas vielas é gostoso ler-te na forma e jeito que tu te inscreves... "a louca de sempre", as vezes a gente pensa que mudou somente um trajeto por causa de alguém, mas a verdade é que sem que percebamos mudamos bem mais que um ir e vir. Somos outra pessoa na forma de ser e de estar.
ResponderExcluirEita que poema! "Você já é uma biblioteca ambulante Há em você ação romance fantasia drama e até terror O meu terror..." entre outras imagens deslumbrantes. Tu é D +, guria!
ResponderExcluirPeles grudadas, valem qualquer poema Mas eu gosto mais da tua foto de guria "gogonha" como dizia minha sobrinha. E adoro teus poemas teus.
ResponderExcluirUm bom fim de semana.
Gogonha? Entendi não, Ney. Hahahah
Excluirminha sobrinha queria dizer "sem vergonha" eu guardei isso, era bom , carinhoso, é essa tua cara, teu sorriso.
ResponderExcluirNey
para ser entendido, ela queria dizer jeito sapeca, de quem fez travessura, artes (criança arteira) cara de quem aprontou alguma. A gente dizia: " e essa cara de sem vergonha, guria?" tu me fez lembrar disso nessa imagem.
ExcluirQue fofa, sua sobrinha. Agora entendi.
ExcluirBom final de semana!
seja louca o suficiente, ame intensamente.
ResponderExcluirse entregue ao seu novo homem, Helen. faça dele o teu Dionísio, ao invés de um novo João.
você merece eternizar alguém em linhas que sejam mais do que lamentos e tristeza - embora eu acredite que seja mais bonito e intenso assim.
O mundo passa a vida nos ensinando a não sermos tudo que somos, o amor nos liberta.
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