segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ele desdenhou daquele poema, e já estou aqui lhe oferecendo este soneto

Dionísio me põe em combustão
Porém, ele é corrosivo demais,
até dentro dos meus devaneios

Ele não merece este soneto
E eu não mereço este café requentado
que bebo enquanto escrevo isto

Mas eu gostaria que ele soubesse que
eu tiro as meias enquanto durmo
e que gosto de cinco colheres de açúcar no mesmo café requentado
Principalmente soubesse que minha cor favorita é azul

Ele personifica todas as conjunturas
E sobrevive na destilação de poesia e pouca fé
Não sei o que será de mim
Só sei que ele não quer saber nada disso

8 comentários:

  1. Eu gosto de vir aqui e te ler.....
    Gosto de tua forma sofrida de se declarar a um amor (ir) real....
    Quem se declara imerecedor de algo....mesmo um café... é poeta.
    Gosto de te ler, de verdade!!!

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    1. Muito obrigada, como já disse Leminski, tem que haver muita poesia em quem lê quanto em quem escreve, para entende-la.

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  2. Talvez, ele nem se sinta merecedor de toda essa beleza. A tua poesia é tão maravilhosa que até os deuses e a realeza se calam e apreciam. Eu plebeu, me regozijo,me alegro e te mando um beijo. No coração. Porque nos lábios não me atrevo,isso é privilégios de reis João e deus Dionísio.
    Carpe Diem !

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    1. Será você, Ney... Que infla meu coração com tanto carinho? Se não for, agradeço mesmo assim. Obrigada, obrigada, obrigada.

      Estarei aqui a escrever sobre Joãos e Dionísios até cansar.

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  3. Esse Dionísio é o conjunto de todos aqueles homens que vagam como sombras na escuridão à procura de carne, tão famintos e soberbos que mal conseguem enxergar a luz bem na frente deles, camuflada em forma de noite.

    Um dia a luz (des)cansa.

    Beijos minha amiga!

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  4. João, Dionísio... Tua poesia é que é combustão espontânea. Gostei da foto, guria morena, de olhos tristes, lábios carnudos e sorriso de Monalisa. Abraços.

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  5. Eu sempre me sinto grato, quando você me dá o que preciso: alegria e excelência, tu é isso, além de João e Dionísio e suas sombras ...
    E quando falam em beijos, beijo tuas mãos carinhosas.

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