sábado, 22 de dezembro de 2012
E em cada letra no papel.
Nem eu posso comigo quando insisto em te amar desse jeito. A cada pensamento dissimulado eu corro de mim mesma, porque pensar ainda me faz desistir. E a maturidade é só uma ilusão, eu não te alcanço mais. O esquecimento dura sempre por muito pouco tempo, até eu te colocar naquela mesma esquina, e te nomear como minha solidão. Eu não quero mudar o canal. Eu quero é rebobinar os dias, só para te ver dizendo novamente que nunca duvidou... Porque as tuas certezas me curam por dentro. Sabe, eu só queria sentar do teu lado e contornar os traços das tuas mãos com o dedo, e te olhar por infindáveis minutos com alivio no peito, por saber que não vai ir embora de novo. Sem dizer nada, pois as palavras nos cansaram demais. Podia também deixar de odiar o calendário, e riscar os mais de seiscentos dias que não te vi. Mandar a culpa embora, e usar esse amplo espaço para abrigar o alivio. Sabe, eu não sei mais de nada. Mas eu já telefonei por menos... Eu poderia me libertar agora, discar teu número perdido e dizer alô, depois te lembrar de como você é bom em partir um coração. Mas agora, tanto faz...
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En cada Letra del Papel y en cada Latido de nuestro corazón, se siente esa nostalgia y esa melancolía, que se traza en papel y se lleva en las venas.
ResponderExcluirPrecioso Post.
Um abraço.