terça-feira, 26 de março de 2013

E pelo que sei, Consuelo é assim.

Consuelo
Queria 
Consolidar-se

Não ser
O que escreve
Consolando
A exaustão

Num disfarce promiscuo 
Se livrara da inocência enojada
Gargalhava por não 
Mais escrever sobre ele
Que agora nem existe mais.

Abrindo portas
Fechando sonhos
Sem se distrair
Até virar pó

Melodrama trivial
Surgido sem razão
No acordar da aurora

Depois, como uma boa
Vadia sádica, adorando ver
Aquele homem dissipando-se
Sem ver a hora
Desaparecendo por fim

Começando outro tempo
Alinhando todos o silêncios 

Consuelo, 
sempre floresceu
na hora errada

Nesse humor desigual
Por amor, ela não voltou atrás.

[ainda bem]






8 comentários:

  1. Texto cheio de reflexões! Parabéns!

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  2. Consuelo é nome tão bonito quanto esse poema.

    Flores.

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  3. "Consuelo, sempre floresceu na hora errada"... é curioso pensar que ás veces os problemas do amor veñen por non ser o momento axeitado... Así, parece que os sentimentos ás veces xogan con nós.

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  4. Estou em um caso de amor com o que li e com a ilustração.
    Até soltei um suspiro...

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  5. Fiquei me
    perguntando
    quantas Consuelos
    já cabêram em mim.

    É sempre um prazer passar por aqui.
    Forte abraço e um beijo grande.

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