quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quase adeus João

   "Eu nunca te rejeitei por ser louquinha", ele fala tal palavra no diminutivo para que minha insanidade o perdoe. E hoje é mais um dia que vou dormir brigada com a certeza. Até parece que ele me trata tão friamente para eu não esquecer que estamos no inverno. Enquanto eu digo que me estrago sem evitar ele concorda e ri sem hesitar. Nossa combinação astrológica diz que sou seu paraíso astral. E para mim, ele só está sendo o meu inferno. O que escrevi outrora, sobre ele ser minha dor mais honesta... Se dissipou. Ele faz doer as minhas verdades e eu volto a viver sem exceções. 
   Ele é esse homem inefável e desregrado e cheio de vícios e irregular e lindamente diabólico que me tira o sono e me põe a escutar meu coração. A cartomante não pode me trazer em 3 dias o que o ego prendeu pra vida toda. Sobre minha mais nova paixão, ela disse... Montanhas hei de escalar até alcançar essa pessoa leviana que me tem simpatia, mas que não me dá segurança.
Acho que ele está para mim como Jonathan está para Adélia. Meu travesti poético.
Não estou preparada para busca-lo longe dessas linhas, e peço perdão pela falta de loucura.

5 comentários:

  1. "Ele faz doer as minhas verdades" Perfeito. Todo o texto. Gostei demais. beijo!

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  2. "A cartomante não pode me trazer em 3 dias o que o ego prendeu pra vida toda" você escreve tão bem, aliás você descreve, você nos passa detalhes, sem detalhar, sua escrita é incrível..
    Myllena,
    Minhas Pequenas Verdades

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  3. Seus textos tem me suscitado frequentemente duas perguntas. Na verdade uma pergunta que me leva a outra. A primeira pergunta é: seus textos são vividos - João existe - ou é tudo criação? Mas como ambas as opções de resposta não mudam o fato de que alguém que escreve tais textos só pode ser interessante, sou levado a outra pergunta: me adiciona no face?

    Aguardando resposta: https://www.facebook.com/jorgeleandro.carneiro

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  4. Florbela Espanca dos trópicos. (link-se):

    http://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/2012/03/amar.html

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  5. Às vezes não perder a sanidade é imperdoável...

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