quinta-feira, 29 de agosto de 2013

João que não dorme em mim

Grande admiração me causam
essas cheganças
Me vejo chegando
às raias do contentamento

Penso diuturnamente
nessa miniatura mística
que ambiciona tal
alegria desfigurada

Escrevo com vontade
cosmogônica,
gosto como se não tivesse
inventado nada
Ou inventado por completo

Como se eu fosse
impecavelmente mais errante
mais sucinta a brevidade
espreitando a vontade que não dorme

As inspirações
saem da sombra sempre tão ingratas
Fito com zelo
o que não nasceu só em mim

Quero falar
mas não posso
o que me interrompe
também pode me romper

Num disfarce pudico
nos calamos
mais uma vez
de vez

Nós que somos tão sujos
não nos importamos
de parecer um lixo sagrado

26/08/2013

7 comentários:

  1. Que belos poemas os seus , Helen .
    Já sou sua assídua seguidora .
    Beijos ,

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  2. Olá Hellen,

    Belos poemas e muita sensibilidade e talento por aqui.

    Obrigada por haver se integrado ao meu recanto. Seguindo também.

    Beijo.

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  3. Que lindo. Adorei.

    caferesia.blogspot.com

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  4. Obrigada pela visita, e pelas palavras. Muita poesia há dentro de você, seus poemas são seus reflexos. Acho difícil achar isso. :)

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  5. Puta que pariu! Muito massa a estrofe final.

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  6. Linda menina de 20 e poucos anos você tem a alma velha, você é um fenômeno.

    http://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/

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