Se te moldasse
com arame farpado
talvez só perderia
alguns dedos
Te moldando
dentro dessa linguagem substancial
eu perco esperança
Mas todo drama
vale um romancezinho
bem água com açúcar
Se te mandar ir pro Inferno
é capaz de eu ir junto e carregar suas malas
Se te mandar pro Céu
Deus não te aceita
Eu que te aceito
não tenho sorte
do amor tranquilo
à la manière de Cazuza
com sabor de fruta mordida
Mordida
vivo eu
dentro
desse
pecado
Por que dou risada
quando sei que fiquei magoada?
(Foda-se você, foda-se todos nós)
Amor que não tem briguinha não tem graça e nem dura. As arestas vão sendo aparadas e, no fim, dá certo! :)
ResponderExcluirÉ que o amor que machuca, não deixa de ser real.
ResponderExcluirCreio que amor tranquilo inexiste. E se existisse, seria morno demais.
ResponderExcluirGostei mesmo desta 'Carnificina literária'.
Beijo.