Abro a janela
ele já passou
Corro até a esquina
Nem rastro dele
Paro na padaria
Ninguém o viu
Compro pães
mais indigestos
que a sua indiferença
E essa abstinência
me treina
para ver a Tristeza
Digo, Tereza
Minha psicóloga
E finalizo
com M. Rezende,
ele morre em mim
debaixo de um dia simples
e nada mais resta
do meu coração partido.
Talvez esteja a procura do corpo, mas o que precisa enxergar é o sentimento que está logo aí dentro de si.
ResponderExcluirMuito bom! Sua poesia só se afina.
ResponderExcluirIsso me lembra um pouco os ''amores platônicos'' que tenho ao andar por esse Rio tão diverso. Você é sempre muito lírica
ResponderExcluirUau! Viva à Tereza!, da psicologia... E viva à Hellen!, da poesia... Muito delicioso isso de fazer poesia! Adorei como fez! Blogueira, convido para que leia e comente “THE SMITHS, O CONTO” em meu http://jefhcardoso.blogspot.com
ResponderExcluirEle morre, mas você o ressuscita em mais um belo poema.
ResponderExcluirEita, homem de sorte.
E esse final latente em mim agora...
ResponderExcluirParece que é como perseguir un soño...
ResponderExcluirgostei dos versos "que a sua indiferença\ E essa abstinência \ me treina \ para ver a Tristeza...
ResponderExcluirsobremissão por ramonlvdiaz
sim tua suspeição é cheia de dedos
e a mão que segue vazia dorme no
mármore o esforço de estátua que
não quer terminar - ruma na base de
helena renascida já despida em falso,
translúcida a despedida que mira seu
azul de percalço e a hora da estrela
incongruente ou talvez só - reflexos,
todas as vozes na ânsia por trás da
cortina só enquanto recurso no verso
que não prefere mecanismo ou nexo;
o ar rarefeito é teu perfeito e refém
desta periferia tão sempre ao alcance
desperdiça vazios que teu corpo habita.