''Se essa atração ficar antiga me teletransporto para o passado só para te querer de novo'' Escrevi eu no último fevereiro Escrevo eu todos os dias só para te manter por perto Faço tudo pra ficarmos bem Me explico te aprendo E ainda não nos entendo Tão míseros e mutáveis Em dois quartetos e dois tercetos Você escapa de mim e eu nunca digo nada
As verdades que dizemos já não existem no outro dia E somos covardes por nos desfazermos assim, da vontade de nos conhecer, reconhecendo-nos sem avisos Disse que faria muito mais por mim, se pudesse Mas penso: se ousasse Julga ser idealizado em prol da poesia Deveria se sentir lisonjeado Por eu querer te fazer mais do que uma companhia Ah, que beleza de homem incisivo remoto quiçá reto Sem desespero, vê se sai do ponto de partida e me completa]
Ele me diz coisas dessas coisas que elaboram um terrorismo aqui dentro Esse sentimento de pertencimento sufoca até matar tudo o que é viável sentir Com a vaidade vencida o poder de encantamento dele me destrói corrompe consome definha Deixando-me à mercê de vermes ávidos Até Caio, entende que ele não teve mãos para mim Só aquela ternura distraída Mas ele é a minha vontade de dizer que quero viver isso Como Leminski, sei que, Sofrer vai ser a minha última obra
Me abstenho de afetos maiores Pois te espero, sem esperar E quero espiá-lo por dentro Para eu me decorar por fora Apreciando as rupturas o pudor diluído na ternura intocada] Teu nome passeando na minha cabeça no fluxo das horas] A tolerância sem freio se curvando para a mágoa com pressa Tua ausência nunca suprida E a poesia submissa a esse meu gostar que não gruda no teu peito