domingo, 11 de maio de 2014

Destruição em conta-gotas

Ele me diz coisas
dessas coisas que
elaboram um terrorismo
aqui dentro
Esse sentimento de pertencimento
sufoca
até matar tudo o que é viável sentir
Com a vaidade vencida
o poder de encantamento dele
me destrói corrompe consome definha
Deixando-me à mercê de vermes ávidos
Até Caio, entende
que ele não teve mãos para mim
Só aquela ternura distraída

Mas ele é a minha vontade
de dizer que quero viver isso
Como Leminski, sei que,
Sofrer vai ser a minha última obra

6 comentários:

  1. "Que ele não teve mãos para mim".
    Deus do céu! Meu coração sempre fica aqui.

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  2. Xa cos primeiros catro versos conquistáchesme. Pero a caba liña, a cada palabra, a cada verso, o poema vai mellorando. É fermoso, terrible, apaixonado, desacougador e triste... É perfecto =)

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  3. esses que pelos nossos caminhos passam, vêm com a dor para nos ensinar.

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  4. Boa tarde Hellen.. e como tem pessoas que querem por esta coleira que sufoca, nos tira o ar.. é por isso que ainda estou comigo mesmo.. tenha um excelente dia poetisa

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  5. Como bons poetas, fazemos poesias do sofrer... Isso alivia um pouco o peso da dor nas costas. Como sempre, suas obras são lindas.

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