É dever da cartomante mentir e cobrar por isso
A verdade pode até libertar, mas ofende
Todos os planos baseiam-se na Ilusão
Ilusão, com maiúscula mesmo pois ela é grandiosa
Eu adoro isso, as dores incorpóreas
As interessantes depressões de botequim
Eu sendo rock desesperadamente atrás do meu roll
Eu poderia ser a pista e você o avião
Mas creio ser a valeta e você o inseto
Quero te afundar nas minhas poças
Porque eu só sei gostar assim
Escarrando na cara da minha imaginação
Como bem sabe, Cecília Meireles
Foi lição minha chorar pouco, para sofrer mais
Sabe, pregando as angústias nas paredes
Rindo de nervosa pra despertar qualquer comoção
Almejo um romance que incomode o mundo
Que vá do pacto de sangue até a atração mais obscena
Desde sempre saíram nas cartas
Teu nariz afrontoso e corpo mitológico
Tua beleza também ofende, porque o amor não é discreto
Talvez haja entre nós mais do que a complexa desfiguração
Então quero atear fogo na sua casa se você não me amar
Pois as chamas desse meu secreto inferno
Sobressaem todos os meus gestos.
A verdade não é coisa que se diga.
ResponderExcluirGK
Que culpa tem que só sabe sentir, quem é sem medo de onde suas emoções podem chegar....O mundo está muito escondido atrás do corpo.
ResponderExcluirNossa, que gostoso. Li cada verso como se fosse em si o próprio poema...
ResponderExcluirParabéns, Hellen; ficou atrativo, contínuo, prazeroso.
"Eu poderia ser a pista e você o avião, Mas creio ser a valeta e você o inseto" Eita que criatividade! Imaginosa Guria. Aplausos!
ResponderExcluir"Foi lição minha chorar clique aqui pouco, para sofrer mais" suas palavras estão lindas, parabéns!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir''Tua beleza também ofende, porque o amor não é discreto'' Coisa linda, você sempre escreve coisas que me envolvem. Nunca deixarei de vir aqui, você me inspira. Adoro esse tipo de amor escrito...
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