Você me dói, como todas as canções de Damien Rice e precisa saber disso. Você me preocupa, como todos os poemas que anseio por não ter tempo de escrever. Você me tem, como a harmonia que um dia tive, antes de saber o seu nome. Então, tenha misericórdia desse meu gostar campesino... Se o Sol nos agraciar amanhã, saia comigo de mãos dadas por entre essas laranjeiras e deixa eu te olhar como quem nunca sentiu a dor do amor mesquinho.
Depois sirva-se de mim, enquanto te faço poesia. Beije todo o meu corpo pequeno e esguio, na cama dos lençóis alvejados. Deixa eu lhe morder até o sangue lhe escapar da pele e grunhidos da boca. Escreva essa nossa atração louca dentro de mim. Me torne mais louca do que já sou. E se der tempo, enlouqueça urgentemente por mim.
Título: Carlos Drummond de Andrade
É interessante como nesse momento o impreterível para nossa felicidade não depende de nós.
ResponderExcluirA força desses versos faz eu duvidar da própria realidade. Já li, reli e voltei pra ler e reler ... sem querer terminar. O teu momento poético, me fez respirar um ar de melancolia.
ResponderExcluirSaudações
Bom dia Hellen.. cada detalhe perfeitamente descrito.. desde o verde do campo que tanto sonho.. a vida simples.. a casinha com este fundo maravilhoso.. e os momentos com a pessoa amada.. o amor se faz em nós depois no outro.. e passar isso em poesia.. poder transformar o outro em poesia é maravilhoso.. para corações romanticos.. te desejo um lindo dia bjs
ResponderExcluirlapidandoversos.blogspot.com.br
Hellen, esse amor louco é o nosso parasita. Que versos doces e doentios! Quanta beleza no estranho amor, quanta poesia
ResponderExcluir''...saia comigo de mãos dadas por entre essas laranjeiras e deixa eu te olhar como quem nunca sentiu a dor do amor mesquinho.''
ResponderExcluirQue sincronicidade, na beleza e na dor.
Tu és a poesia em pessoa.