sábado, 14 de fevereiro de 2015

Pelo amor ao Masoquismo

Salgo a comida por amor
Bebo chá fervendo por amor
Me mutilo
Me autossaboto
Me odeio
Me esqueço no frio
Me derreto no calor
Gosto de quem não gosta de mim
Gosto de quem vai embora
Gosto de quem não me lê
Gosto de quem lê e não me entende
Eu mesma não entendo porra nenhuma
E gosto do desgosto
de não saber como é gostar de mim
Assim,
sem doenças
neuras
histórias
e acasos
Gosto de não saber como é ser saudável
Gosto do erro,
e de ser errada
Sou a ovelha mais colorida da família
e mesmo assim em mim só enxergam
as escurezas.

26/01/2015

6 comentários:

  1. Quando a gente é e não vai/consegue/pode/quer deixar de ser!

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  2. "Sou a ovelha mais colorida da família
    e mesmo assim em mim só enxergam
    as escurezas."

    As pessoas tem a maldita mania de só enxergarem nossa escuridão, são poucas que veem luz onde todos so veem trevas.
    Sua escrita é tão singular Hellen, gosto de te ler!

    Beijo

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  3. tua dor me toca profundamente, impossível ler um poema teu e não me desfazer/derreter

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