domingo, 30 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Santificada seja a loucura
Eu preciso escrever um poema
Que valha esta confusão
A efemeridade nos deixa enfermos
E gostamos de nos reduzir por coisas pequenas
Como se o mundo se curvasse para tal fragilidade
Ter alguém por algumas horas meses e anos,
não faz diferença
Quando o que temos em troca são apenas ossos amontoados
em charme e desprendimento
Eu gosto de escrever
sobre quem não existe
Farei isso até aparecer alguém
que eu não precise inventar
Queria inventar mais tempo
Pra dar tempo de alguém também me amar
Olhos verdes têm sido a minha sina
Um par mais traiçoeiro que o outro
Já eu, estou amontoada em ossos
e desespero
E igual Adélia, só tenho dois caminhos
Ou viro doida, ou santa.
Que valha esta confusão
A efemeridade nos deixa enfermos
E gostamos de nos reduzir por coisas pequenas
Como se o mundo se curvasse para tal fragilidade
Ter alguém por algumas horas meses e anos,
não faz diferença
Quando o que temos em troca são apenas ossos amontoados
em charme e desprendimento
Eu gosto de escrever
sobre quem não existe
Farei isso até aparecer alguém
que eu não precise inventar
Queria inventar mais tempo
Pra dar tempo de alguém também me amar
Olhos verdes têm sido a minha sina
Um par mais traiçoeiro que o outro
Já eu, estou amontoada em ossos
e desespero
E igual Adélia, só tenho dois caminhos
Ou viro doida, ou santa.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Dionísio não quer me deixar dormir, e nem sabe
Estou tentando
não transformar isso
em uma nova ilusão
Eu mudei todo o meu trajeto na cidade
para não passar por você
Assim, propositalmente,
como quem provou e gostou mais do que devia
Mas eu não sou assim, e preciso tanto
que você saiba
Distraída atalhando esquinas,
você se materializa no meu caminho
num susto tão bom
Então me abraçou
provando que aquela madrugada
não fora invenção da minha mente pecaminosa
Não sei o que está acontecendo,
mas eu não deveria estar escrevendo sobre você
Não que você não mereça, não é isto
Você já é uma biblioteca ambulante
Há em você ação romance fantasia drama
e até terror
O meu terror
de ter tido você e ainda não acreditar
Já está me dando vontade
de agir feito a louca que sou
Mas não sei como você aceitaria isso
Eu podia furar a rua do seu trabalho
Eu podia jogar bilhetes em seu quintal
Ou podia simplesmente fazer de conta
que pra mim foi só aquela noite e nada mais
Assim seguimos nossas vidas,
nos encontrando em ruas alheias
e dividindo olhares ternos ou educados
Mas eu quero ser a louca de sempre,
quero que a luz da sua televisão
seja a única a iluminar
nossas peles grudadas novamente.
não transformar isso
em uma nova ilusão
Eu mudei todo o meu trajeto na cidade
para não passar por você
Assim, propositalmente,
como quem provou e gostou mais do que devia
Mas eu não sou assim, e preciso tanto
que você saiba
Distraída atalhando esquinas,
você se materializa no meu caminho
num susto tão bom
Então me abraçou
provando que aquela madrugada
não fora invenção da minha mente pecaminosa
Não sei o que está acontecendo,
mas eu não deveria estar escrevendo sobre você
Não que você não mereça, não é isto
Você já é uma biblioteca ambulante
Há em você ação romance fantasia drama
e até terror
O meu terror
de ter tido você e ainda não acreditar
Já está me dando vontade
de agir feito a louca que sou
Mas não sei como você aceitaria isso
Eu podia furar a rua do seu trabalho
Eu podia jogar bilhetes em seu quintal
Ou podia simplesmente fazer de conta
que pra mim foi só aquela noite e nada mais
Assim seguimos nossas vidas,
nos encontrando em ruas alheias
e dividindo olhares ternos ou educados
Mas eu quero ser a louca de sempre,
quero que a luz da sua televisão
seja a única a iluminar
nossas peles grudadas novamente.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Sem flechas e arpões, você foi meu. Porque sussurrou no meu ouvido que eu seria sua e fui.
Seus olhos me buscavam feito caçador
E há muito tempo eu queria ser a sua caça
Você escorado naquele bar,
somente alguns passos longe de mim
Me olhando devorando consumindo dizimando toda
Como se já tivesse me visto nua
Eu gostei da brincadeira
E depois você comprovou
que eu adoro um bom jogo
Joguei suas roupas no chão,
elas cintilavam com as luzes da televisão
Suas mãos quentes
até agora não deixaram minha febre esfriar
Você é mesmo tudo aquilo que eu imaginava
Seu sorriso vai da perversão à graciosidade
em menos de um minuto
Eu gozei só de olhar pra você
e ver você sorrindo enquanto olhava pra mim
Se você não for tudo isso,
agradeça por este endeusamento,
me procurando para sermos um do outro mais vezes
Ah, eu quero pôr estes seus olhos de gato
dentro de um vidro em conserva
Só para ter essas pupilas dilatadas dia e noite só para mim
Desculpe soar obsessiva,
mas quero de novo percorrer sua pele macia
e beijar este arcanjo tatuado em suas costas
Prevejo mais uma alucinação poética,
essa chamarei de Dionísio
Deus grego, representante da insânia.
E há muito tempo eu queria ser a sua caça
Você escorado naquele bar,
somente alguns passos longe de mim
Me olhando devorando consumindo dizimando toda
Como se já tivesse me visto nua
Eu gostei da brincadeira
E depois você comprovou
que eu adoro um bom jogo
Joguei suas roupas no chão,
elas cintilavam com as luzes da televisão
Suas mãos quentes
até agora não deixaram minha febre esfriar
Você é mesmo tudo aquilo que eu imaginava
Seu sorriso vai da perversão à graciosidade
em menos de um minuto
Eu gozei só de olhar pra você
e ver você sorrindo enquanto olhava pra mim
Se você não for tudo isso,
agradeça por este endeusamento,
me procurando para sermos um do outro mais vezes
Ah, eu quero pôr estes seus olhos de gato
dentro de um vidro em conserva
Só para ter essas pupilas dilatadas dia e noite só para mim
Desculpe soar obsessiva,
mas quero de novo percorrer sua pele macia
e beijar este arcanjo tatuado em suas costas
Prevejo mais uma alucinação poética,
essa chamarei de Dionísio
Deus grego, representante da insânia.
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