Estou fazendo tudo
o que me instiga vontade
Estou bebendo e dançando
Me esbaldando e beijando
os homens que sempre quis
Estou cobiçando e sendo cobiçada
A luxúria é meu pecado preferido
Meus olhos cintilam
quando o qualquer mais bonito
me enxerga com desejo
Esse seu jogo noturno
de todos os finais de semana
Também parece me enaltecer
Estou gostando
de escrever desejos
com meu batom vermelho
nas clavículas mais sinuosas da cidade
Não sofro mais sozinha, meu bem
O corpo é meu
A poesia também
Me deixo escrever
com minhas unhas em costas largas
Qualquer verso que faça
meu tesão virar rima
Escrevo com a língua
na pele mais tenra
Uma prece
que faça eu te largar nas lonjuras
desse encantamento
Hoje eu bebo danço e beijo
trepo se quiser]
Depois escrevo
e faço de conta que nada aconteceu
E repito tudo de novo
Vou me dissipar na ilusão
de que sou capaz de te esquecer
Quando me emaranho
num outro amontoado de ossos
que disponha de olhos verdes nocivos.
E a vida vai seguindo, se repetindo...
ResponderExcluirQueria muito estar no seu círculo de amizade, porque só de ler as coisas que você escreve, tenho certeza que os diálogos com você são intergaláticos.
ResponderExcluirTão visceral e poética.
PS: Se repetindo ou se reinventando, você é impecável quando escreve. Escreva sempre.
ResponderExcluirHellen, isso sim é tu. Uma mulher conhecedora de si mesma e criadora das ilusões que a tua poesia nos submete, eu gosto da tua energia criadora,que me parece um parque de imaginações.
ResponderExcluirBeijo no coração e um bom fim de semana.
a vida continua, e a gente também.
ResponderExcluirabraço profundo!
A alma como a palavra precisa da falta de pudor, mas os dois precisam fazê-lo na consciência da ilusão.
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