Nossos lampejos
de sentimentalidades
não mata a fome mundial
Nossa arte
não conserta a desigualdade
Nem esmaece a corrupção
Nosso senso de justiça
não afaga os oprimidos
Como Leminski,
acho que jamais serei
poeta social
Tudo o que escrevo
é muito confessional e vil.
E isso não deixa de ser importante,mas o que importa é reconhecer que qualquer confissão, importa de reconhecer o mais adiante e da importância do não ... e não, ninguém se interessa por essa declaração, a poesia é isso, sentir e não interessar-se pelos jogos de salão.Lampejos e arte não salvam o mundo, mas gravam pensamentos para o futuro e isso é tudo,porque o presente é um morto.
ResponderExcluirBoa semana.
A arte é o aparte do à parte.
ResponderExcluirGK
querida, tenho o mesmo sentimento. acredito que até dentro do mundo acadêmico não fazemos as revoluções; fico com a mesma sensação que voce. incomoda.
ResponderExcluirArte inútil só seria se você não escrevesse.
ResponderExcluirNós não consertamos, mas acho que cantamos a desigualdade - a nossa e a dos outros -, muitas vezes, à espera de alguém que conserte por nós.
ResponderExcluirGosto bastante das coisas que você escreve :)
Ah! E obrigado pelos comentários lá no ACdC.
Se uma pessoa que puder se aliviar e se identificar com que a gente escreve, já é bom para a humanidade. As pessoas no mundo estão carentes de arte, estão carentes de sublimação. No fundo, só a arte salva.
ResponderExcluirQue coisa mais linda!
ResponderExcluirAmei, de verdade!
Beijo