quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Por não ser real, eu me perdi na calma do não.

Um ano
50 poemas
Um codinome
Um nome com sete letras
Os olhos
Com o tom de verde mais bonito que já vi
A pessoa que mais me entristeceu
Pérfido inescrupuloso sujo
Um homem comum
Um personagem endeusado
Meu coração cortado à lâmina
O ego dele festeja
enquanto minha dignidade rasteja
Se dor rima com calor
Você poderia me abraçar de novo
Porque vai arder
quando no mesmo segundo
eu lembrar
que você não é meu
Também não sou minha
Sou de Dionísio, mais do que fui sua
Quem é Dionísio? Quem sou eu?

Queima...



(Será que você pode escutar Creep do Radiohead por mim, pela última vez?)




6 comentários:

  1. Dionísio: seu karma e sua salvação.

    Creep é a plena linguagem da dor. Dói tanto que não dá pra parar de ouvir.

    Beijos Helen

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  2. Fico lembrando das inúmeras vezes que você me puxou a orelha por causa desse personagem, por causa dessa obsessão.
    Senti vontade de rir agora...

    Já escutou a versão do Damien Rice? A dor consegue ser mais bonita e a canção diz tudo o que jamais direi.

    Obrigada por ler Dionísio, até quando eu ficava brava com as coisas que você dizia para o meu bem. Sim, eu fiquei chateada muitas vezes. Mas agora entendo.

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    1. Hahaha Foram muitas vezes mesmo.

      Ainda não escutei, mas certamente escutarei. Eu adoro a voz dele.

      Desculpe se te fiz sentir chateada, Helen, mas sempre te falava visando o seu bem, como um amigo distante que não se conformava com a indiferença de Dionisio com você. Sinto falta das nossas conversas, gosto de ouvir seu sotaque certinho hahaha Que bom que entende.

      "A gente aceita o amor que acha que merece." Lembre-se disso.

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  3. Acompanhei você e Dionísio, foi triste e lindo.
    Por que estou sentindo que agora definitivamente acabou?

    Ele deveria escutar Creep como estou escutando agora.

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  4. Tem gente (e eu me incluo) que goza (em um sentido mais amplo) com a falta. Daí a gente acha que a pessoa tem algo que não se sabe o quê que faz com que a gente fique não se sabe como. Aí quando vai ver, era a falta que a pessoa escancarava e que a gente gostava. Desejar e sofrer são ao menos sentimentos intensos nesse mundo morno.

    Ouvirei creep também,n a versão do Damien Rice, gosto dela na versão acústica do Jonathan Davis.

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    1. "a gente acha que a pessoa tem algo que não se sabe o quê que faz com que a gente fique não se sabe como."
      Não tem definição mais apropriada para o que eu sinto em relação aos personagens que invento. Somente "a falta". Ela tem o poder de encaminhar as coisas para o ápice, nos fazendo sentir abismos.

      Escutei essa versão e gostei muito. Obrigada, André.

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