Suas mãos
em volta do meu pescoço
enquanto se deleitava em mim - Eu lembro
Nossos suores
se transmutando em vontade
de sermos um só
Pelo menos por alguns segundos
Minha respiração embargada
nos ouvidos do único homem
que fez-me sentir
mulher
Seus olhos flamejantes
Me passando a sentença
de que juntos
Somos sim,
produtos inflamáveis
dentro dessa atração perigosa
Eu te quero tanto, homem
Deixa-me decorar sua nuca
com minhas marcas de amor marginal
Seja meu
Dionísio
Rodrigo
João
Seja o homem que me queira
e não precise de mais ninguém.
Imagem: Nickie Zimov
O sexo é a troca em que o nexo se toca.
ResponderExcluirGK
Só consigo pensar na máxima de Lacan: "Não existe relação sexual", porque a relação sexual não se inscreve no psiquismo. Dirá ele: não existe possibilidade do um.
ResponderExcluirSeus escritos me fazem pensar sobre muitas coisas, porque você escreve tão bem (forma), e é tão sincera que chega a apontar, por deslumbre, coisas (conteúdo) que assombram muitas e muitas almas.
Me arrependo de não responder os comentários quando os recebo, mas acontece que na hora nunca sei o que dizer... Eu gosto muito da sua presença no meu blog, André. Tua sensibilidade e faro poético me motivam sempre.
ExcluirEsse poema deixa tua marca, como talvez deixem esses teus beijos e caricias queimantes ...
ResponderExcluirSaudações! Bom fim de semana.