Lembro
Enquanto assisto televisão
Saio para passear
Ou me vejo à toa
Lembro
Do cheiro
Da boca
Das mãos
Do teu peso sobre mim
E da leveza que de mim sai
E paira sobre o ar
Tu pareces
não valer muita coisa
Talvez caiba
no meu orçamento
Dizes não ser o homem
que eu penso
Mas eu penso em tantas coisas
Meu interesse se alastra
A repulsa
por essa casualidade também
Meu corpo te quer
Porém, eu cansei de ser
teu subterfúgio
As artimanhas
para me emaranhar nesse desejo
São tão vis quanto deleitosas
Tu sabes como eu gosto
Eu sou mera aprendiz
Me deixa queimar
dentro dessa fixação inflamável
E lembre do meu nome
em meio às chamas
Me chama.
Título: Referência a Hilda Hilst
Um querer de não querer. Do corpo impaciente à consciência latente, essa ardência nem as palavras domam.
ResponderExcluirSua vida é um dos mais pelos poemas que conheço, Helen!
Beijos
Tu pareces
ResponderExcluirnão valer muita coisa
Talvez caiba
no meu orçamento
( Eu que não quero pagar tão caro, acho que não vale apena).
Vc pediu meu face aqui vai : https://www.facebook.com/Nathalia.flute?ref=bookmarks
Beijo
Ler e reler incendeia o imaginário e leva ao deleite e ao prazer,
ResponderExcluirde presumir que a gente te sente, enquanto você deixa fluir palavras da mente, como quem boceja ... adorei.
Saudações!
Você está escrevendo cada vez mais lindo... :)
ResponderExcluirBom te encontrar por essas paisagens...
Abraço, flor...
Meu Deus! Quanto tempo, Tríccia!
ExcluirObrigada, saudade da tua delicadeza ímpar. ❤
Minha flor, saudades também de ti... fiquei imensamente feliz em cair aqui (por puro acaso) e me deparar com esses textos lindos... :)
ExcluirDepois vai lá no meu blog, me visitar... ficarei muito feliz com a sua presença!
Abração...
Chama vívida teu poema!
ResponderExcluirVelho, essa poesia falou de mim e do começo do meu amor. Cada verso, Helen! Você é boa demais nisso. Tua intensidade e tua suavidade se mesclam o tempo todo.
ResponderExcluirAinda bem que você escreve.