Abro a janela
ele já passou
Corro até a esquina
Nem rastro dele
Paro na padaria
Ninguém o viu
Compro pães
mais indigestos
que a sua indiferença
E essa abstinência
me treina
para ver a Tristeza
Digo, Tereza
Minha psicóloga
E finalizo
com M. Rezende,
ele morre em mim
debaixo de um dia simples
e nada mais resta
do meu coração partido.
terça-feira, 29 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Quem vai cair primeiro?
Nutro certa comoção
pelas expressões perigosas
Então, não se importe
Se eu ir do sempre
ao nunca mais
no mesmo instante
Quero mesmo
é impregnar meu desgosto
em ti
Se escrevo tanto
é por tentar
te tocar
mas também lhe agredir
Não confunda minha astúcia
com charme
Me apetece muito
ser a mulher que não presta
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Em treva me sumo
Eu demorando os olhos
na extensão do seu receptáculo
repousando sob a cama
Eu rastejando pra dentro de ti
sendo estrangeira no meu próprio
delírio]
Conduzindo esse espetáculo
temendo a regressão
Calando minha boca
em tuas costas quentes
pra exibir minha devoção
Será audácia minha
querer escrever com caneta Bic
toda a minha poesia no teu corpo?
Se achar que louca estou
me indique a terapia certa
pra me salvar dessa utópica
dissimulação]
*Titulo: C. Meireles
na extensão do seu receptáculo
repousando sob a cama
Eu rastejando pra dentro de ti
sendo estrangeira no meu próprio
delírio]
Conduzindo esse espetáculo
temendo a regressão
Calando minha boca
em tuas costas quentes
pra exibir minha devoção
Será audácia minha
querer escrever com caneta Bic
toda a minha poesia no teu corpo?
Se achar que louca estou
me indique a terapia certa
pra me salvar dessa utópica
dissimulação]
*Titulo: C. Meireles
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Soneto a meu homem libertino
Eu não me enquadro
nesse teu quadro.
Não me contenho
nessas cores primárias.
Você poderia
me fazer bonita só de olhar.
Sem pintar, sem assinar.
Deixa que eu te assassino
dentro das palavras
[que jamais serão.
Que rezar, meu bem
não basta
Se a fé não conhece
nossos nomes.
nesse teu quadro.
Não me contenho
nessas cores primárias.
Você poderia
me fazer bonita só de olhar.
Sem pintar, sem assinar.
Deixa que eu te assassino
dentro das palavras
[que jamais serão.
Que rezar, meu bem
não basta
Se a fé não conhece
nossos nomes.
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