Não batesse por mim nem um minuto,
E que ele fosse leviano e belo
Como a leve fumaça de um charuto!
Álvares de Azevedo
Eu sou capaz de cometer qualquer baixeza
Mas me agride muito, o conflito
entre apodrecer por pouco
e enlouquecer por nada
As pessoas falam coisas maldosas sobre você
Não sei se as agradeço ou se
as mando para o inferno
No mesmo inferno
que você não encontrou Dionísio
Essa semana lhe vi
e foi tão perturbador e necessário
Suas expressões
-mesmo que longínquas-
desesperaram o meu dia
Eu atravessei aquela rua
com receio
de derrubar meu copo descartável de café
E construir novas esperanças
Eu atravessei aquela rua
com receio de que você me olhasse de volta
E não enxergasse nada
Eu não estou sabendo atravessar
essa fase
Eu não sei nem atravessar a rua
numa faixa de pedestre
E acho que você sabe disso
Estou presa
na garganta do Diabo
Ele vai me cuspir a qualquer momento
Mas quero que ele me engula
Com a dose mais forte
Que me empurre lá para baixo
Pois, preciso encontrar Dionísio
Porque no mais profundo dessa insanidade
ele não se encontra em mim.
entre apodrecer por pouco
e enlouquecer por nada
As pessoas falam coisas maldosas sobre você
Não sei se as agradeço ou se
as mando para o inferno
No mesmo inferno
que você não encontrou Dionísio
Essa semana lhe vi
e foi tão perturbador e necessário
Suas expressões
-mesmo que longínquas-
desesperaram o meu dia
Eu atravessei aquela rua
com receio
de derrubar meu copo descartável de café
E construir novas esperanças
Eu atravessei aquela rua
com receio de que você me olhasse de volta
E não enxergasse nada
Eu não estou sabendo atravessar
essa fase
Eu não sei nem atravessar a rua
numa faixa de pedestre
E acho que você sabe disso
Estou presa
na garganta do Diabo
Ele vai me cuspir a qualquer momento
Mas quero que ele me engula
Com a dose mais forte
Que me empurre lá para baixo
Pois, preciso encontrar Dionísio
Porque no mais profundo dessa insanidade
ele não se encontra em mim.
Esse poema tem musicalidade
ResponderExcluirAdoro as nuances macabras impregnadas nos teus poemas!
ResponderExcluirE essa foto?! Que linda! Já sou apaixonado pelo que tu escreves, agora sou pela tua imagem, mulher tempestuosa.
Fui até a garganta do diabo, nas cataratas na Argentina. De lá nada se vê, ninguém sabe o tamanho da queda, ninguém sabe o que realmente está lá embaixo, só sente aquela força imensa da natureza que ninguém pode impedir.
ResponderExcluirCabelos negros e pele alvejada... Sobre sua boca rubra, nao me atrevo a dizer nada. Qualquer um gostaria de ser Dionísio, só para ser encontrado por você. Mas talvez ele despreze seu encanto por estar tão acostumado com pessoas clichês.
ResponderExcluirNecessário esse impacto abismal em mim. Por mais que doa, desejo a queda. Dionísio é seu tormento, mas recebe em meu peito outro nome igualmente devastador.
ResponderExcluirObrigada sempre, Helen.
Lindos versos, trazem em si algo peculiar e inspirador. Sua escrita tem um ritmo tranquilo e ao mesmo tempo descompassado em torno da situação em que vivencia.
ResponderExcluirParabéns pelos versos menina. Uma boa noite pra você!
Ele te desconcerta toda, como você faz conosco, quando escreve esses poemas.
ResponderExcluirA tua poesia vem do fundo da alma, ela machuca e arde, queima como se buscasse alívio, salvação nas chamas. Sempre ótima.
Ele te desconcerta toda, como você faz conosco, quando escreve esses poemas.
ResponderExcluirA tua poesia vem do fundo da alma, ela machuca e arde, queima como se buscasse alívio, salvação nas chamas. Sempre ótima.
Esse vácuo vago só vence o vício, devasso vasto autoestargo antihospício.
ResponderExcluirGK