Pensei que eu era a única
a escrever sobre você
Me diga o que você tem
de deliberado ou casual
Que fazem as mulheres
lhe encaminharem para o papel
Nos encaminhamos para a cama - mais uma vez
Mais além das vezes
que na utopia, eu imaginava
tê-lo dentro de mim
Quando me toquei centenas de vezes,
pensando em suas mãos me descobrindo
[Sem pudor algum,
eu revivo isso no papel agora]
Acho que os Deuses
me desculparam por esta utopia
Lhe trazendo para mim
Para eu redescobrir após meses
seu cheiro
seu gosto
seus suspiros
[Como se fosse a primeira vez]
enquanto se fazia meu
Meu Dionísio
Minha ruína.
23/04/2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Não me deixe apodrecer enquanto espero nosso próximo capítulo
Como se eu fosse intocável
como uma maçã apodrecida
infestada por formigas
Como se eu fosse sucinta
a toda e qualquer brevidade
Sempre irá ficar algo por dizer
Não importa quantas vezes
eu lhe prenda nos meus braços
ou me perca no seu corpo
Somos mesmo essa história engraçada
e difícil de contar
Não quero nos contar
para ninguém
Você me tem de todos os modos
inimagináveis
E eu só consigo me ver caindo
Quero lhe beijar
até esquecer o seu verdadeiro nome
E só conseguir lhe chamar
de Dionísio
Meu homem fadado ao escapismo
Queria pedir
para você não me perder
Mas talvez eu seja tão comum
que não mereça mais do que uma noite
habitando sua pele
Não quero viver com as migalhas
que usurpo de você
Quando decide me olhar
profundamente
Eu não suportaria mais
sobreviver nessa sua sombra libertina
Acho que somos a loucura
que eu jamais poderia escrever
Eu penso em nunca mais
querê-lo
Mas só de recordar o jeito
que me olha
Sinto que não acabaremos assim
Hoje você me disse que,
a gente se dá bem
a gente se quer bem
a gente se faz bem
Possivelmente você nem lembre
Mas eu anotei na memória
Enquanto você recitava isso
feito poesia nos meus ouvidos.
21-04-2016
como uma maçã apodrecida
infestada por formigas
Como se eu fosse sucinta
a toda e qualquer brevidade
Sempre irá ficar algo por dizer
Não importa quantas vezes
eu lhe prenda nos meus braços
ou me perca no seu corpo
Somos mesmo essa história engraçada
e difícil de contar
Não quero nos contar
para ninguém
Você me tem de todos os modos
inimagináveis
E eu só consigo me ver caindo
Quero lhe beijar
até esquecer o seu verdadeiro nome
E só conseguir lhe chamar
de Dionísio
Meu homem fadado ao escapismo
Queria pedir
para você não me perder
Mas talvez eu seja tão comum
que não mereça mais do que uma noite
habitando sua pele
Não quero viver com as migalhas
que usurpo de você
Quando decide me olhar
profundamente
Eu não suportaria mais
sobreviver nessa sua sombra libertina
Acho que somos a loucura
que eu jamais poderia escrever
Eu penso em nunca mais
querê-lo
Mas só de recordar o jeito
que me olha
Sinto que não acabaremos assim
Hoje você me disse que,
a gente se dá bem
a gente se quer bem
a gente se faz bem
Possivelmente você nem lembre
Mas eu anotei na memória
Enquanto você recitava isso
feito poesia nos meus ouvidos.
21-04-2016
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Hahahah
Mas quis a sina que seu peito
Não batesse por mim nem um minuto,
E que ele fosse leviano e belo
Como a leve fumaça de um charuto!
Álvares de Azevedo
Eu sou capaz de cometer qualquer baixeza
Não batesse por mim nem um minuto,
E que ele fosse leviano e belo
Como a leve fumaça de um charuto!
Álvares de Azevedo
Eu sou capaz de cometer qualquer baixeza
Mas me agride muito, o conflito
entre apodrecer por pouco
e enlouquecer por nada
As pessoas falam coisas maldosas sobre você
Não sei se as agradeço ou se
as mando para o inferno
No mesmo inferno
que você não encontrou Dionísio
Essa semana lhe vi
e foi tão perturbador e necessário
Suas expressões
-mesmo que longínquas-
desesperaram o meu dia
Eu atravessei aquela rua
com receio
de derrubar meu copo descartável de café
E construir novas esperanças
Eu atravessei aquela rua
com receio de que você me olhasse de volta
E não enxergasse nada
Eu não estou sabendo atravessar
essa fase
Eu não sei nem atravessar a rua
numa faixa de pedestre
E acho que você sabe disso
Estou presa
na garganta do Diabo
Ele vai me cuspir a qualquer momento
Mas quero que ele me engula
Com a dose mais forte
Que me empurre lá para baixo
Pois, preciso encontrar Dionísio
Porque no mais profundo dessa insanidade
ele não se encontra em mim.
entre apodrecer por pouco
e enlouquecer por nada
As pessoas falam coisas maldosas sobre você
Não sei se as agradeço ou se
as mando para o inferno
No mesmo inferno
que você não encontrou Dionísio
Essa semana lhe vi
e foi tão perturbador e necessário
Suas expressões
-mesmo que longínquas-
desesperaram o meu dia
Eu atravessei aquela rua
com receio
de derrubar meu copo descartável de café
E construir novas esperanças
Eu atravessei aquela rua
com receio de que você me olhasse de volta
E não enxergasse nada
Eu não estou sabendo atravessar
essa fase
Eu não sei nem atravessar a rua
numa faixa de pedestre
E acho que você sabe disso
Estou presa
na garganta do Diabo
Ele vai me cuspir a qualquer momento
Mas quero que ele me engula
Com a dose mais forte
Que me empurre lá para baixo
Pois, preciso encontrar Dionísio
Porque no mais profundo dessa insanidade
ele não se encontra em mim.
sábado, 9 de abril de 2016
Todos temos uma Bettie Page
Eu estou bebendo muito
e correndo tanto,
de qualquer coisa que possa me destruir
ou me inspirar
por dois ou três poemas
Me sinto como um rapaz
vivendo nos anos 50
com um pôster da Bettie Page
atrás da porta do quarto
Desejando o que nunca vai ter
Não sei se corto o cabelo
ou mudo o meu trajeto rotineiro
Seus olhos de pesquisa
jamais compreenderão
minhas perplexidades
Se eu escrevo muito
é porque não vivo nada
Se eu escrevo pouco
acho que não sei viver direito
Já disse que tenho bebido muito?
Tenho falado coisas apavorantes,
me declarando
mais do que o Ministério da Saúde adverte
A tenuidade
entre o bom senso e a loucura
divide minha devoção
Você sabe de tudo
E saber que você sabe
vai matando aos poucos o meu lirismo
E eu sei
que a solidão vai nos engolir, meu bem.
e correndo tanto,
de qualquer coisa que possa me destruir
ou me inspirar
por dois ou três poemas
Me sinto como um rapaz
vivendo nos anos 50
com um pôster da Bettie Page
atrás da porta do quarto
Desejando o que nunca vai ter
Não sei se corto o cabelo
ou mudo o meu trajeto rotineiro
Seus olhos de pesquisa
jamais compreenderão
minhas perplexidades
Se eu escrevo muito
é porque não vivo nada
Se eu escrevo pouco
acho que não sei viver direito
Já disse que tenho bebido muito?
Tenho falado coisas apavorantes,
me declarando
mais do que o Ministério da Saúde adverte
A tenuidade
entre o bom senso e a loucura
divide minha devoção
Você sabe de tudo
E saber que você sabe
vai matando aos poucos o meu lirismo
E eu sei
que a solidão vai nos engolir, meu bem.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Sobre a cegueira opcional
Da janela
do sétimo andar
do consultório
do meu oftalmologista
eu vejo a vida
acontecendo]
Com essa vista
é possível enxergar
tudo direito.
do sétimo andar
do consultório
do meu oftalmologista
eu vejo a vida
acontecendo]
Com essa vista
é possível enxergar
tudo direito.
domingo, 3 de abril de 2016
De andar em andar, passo meus pensamentos em fodas abstratas. A água acaba. Vou-me. Mais uma noite. Neste bar. Paquerando minhas lembranças. Sonho vai. Sonho vem. E me pego sozinha. Obrigada!
Toda vez que beijo
um cara mais interessante
do que você
Eu tento me lembrar o porquê
de ter lhe criado um personagem
Você é tão insensível
Me faz lembrar
do que Manoel de Barros já dissera
Que a poesia
não é algo que se possa
incorporar com os olhos sujos
de realidade
Após a cegueira inicial,
hoje você só tem sujado meus olhos
Você é mesmo tudo aquilo que eu supunha
E eu me tornei perecível por isso
Exausta de encanto
Por algo inevitavelmente precoce
Nunca mais quero vê-lo
Título: Do conto Cheiro de erva, Emir Rossoni
um cara mais interessante
do que você
Eu tento me lembrar o porquê
de ter lhe criado um personagem
Você é tão insensível
Me faz lembrar
do que Manoel de Barros já dissera
Que a poesia
não é algo que se possa
incorporar com os olhos sujos
de realidade
Após a cegueira inicial,
hoje você só tem sujado meus olhos
Você é mesmo tudo aquilo que eu supunha
E eu me tornei perecível por isso
Exausta de encanto
Por algo inevitavelmente precoce
Nunca mais quero vê-lo
Título: Do conto Cheiro de erva, Emir Rossoni
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